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O funcionário/BB aposentado, pioneiro em Toledo e residente em Franca-SP, tem tempo reservado para contar histórias ao “fran@mais” daquela cidade. A crônica pode ser lida diretamente no site

http://gcn.net.br/noticia/291701/nossas-letras/2015/07/linharada

 

Linharada

08/07/2015 Autor: Roberto de Paula Barbosa, bancário aposentado

 

João Coité era um sujeito criado na roça, muito simples e meio bobalhão, pois sua inteligência era mais curta que coice de porco. Ele costumava prestar serviços esporádicos nas propriedades rurais e não parava mais do que uma semana no emprego. Por causa disso todos o conheciam e, sempre que precisavam, lá estava o João Coité para ganhar uns dias de serviço. Como não tinha um canto fixo para descansar o esqueleto, seus empregadores diaristas davam-lhe guarida e comida. Certa feita, depois de um dia cansativo na renovação das cercas de arame farpado do Senhor Benício, após devorar o frango com quiabo e polenta que D. Júlia havia preparado no imenso fogão a lenha, João Coité viu que a sobremesa era melado com farinha de mandioca, que na época era muito comum entre o pessoal da roça e que muito assanhavam as suas lombrigas. Avidamente ele encheu o prato com o melado e foi adicionando a farinha, mexendo e comendo. Como tinha colocado muita farinha, a mistura ficou muito seca e foi necessário adicionar mais um pouco de melado. Ele continuou mexendo e comendo até que não agüentava mais. Como não deu conta de comer tudo, envergonhado, continuou mexendo o melado e a farinha em círculos. Sr. Benício, percebendo que ele não ia conseguir comer, disse-lhe:

 – Oh João! Se ocê num tá querendo mais, pode largá aí no prato.

 João, afinando a voz esgarçada, diz:

 – Acontece que virou uma linhaaaaraaada danaaada!

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